PLAGIOCEFALIA

Plagiocefalia e Osteopatia :

Em pediatria, o termo de “síndrome de cabeça plana”, a plagiocefalia é utilizado para definir uma assimetria do crânio do recém-nascido.

Definição da placiocefalia :

Proveniente dos termos de raiz grega “plágios” e “kephale”, ou seja obliquo e cabeça, a plagiocefalia é o termo global para as malformações da cabeça do recém-nascido.

Em pratica clínica, a malformação ou aplainamento do crânio é objectivado pelos pais, médicos ou outros intervenientes de saúde por volta do 2° ou 3° mês apesar das assimetrias terem sidas formadas inicialmente à nascença. 


O diagnostico de plagiocefalia é estabelecido seguinte a avaliação de 6 referencias anatómicas ao nível do crânio. Conforme a severidade, 4 assimetrias do crânio são relativamente fáceis à identificar :

–          um lado plano na parte posterior da cabeça, por exemplo à esquerda e do lado oposto à direita

–          do lado frontal mais plano, o diâmetro do olho é diminuído

–          o ouvido do lado plano desloca-se para anterior em relação ao outro

–          de forma global, o crânio apresenta uma forma de paralelogramo em vista superior

Biggs em 2003, objectiva na sua obra literária, uma prevalência mais importante nos rapazes, sendo a ligação mais provável com o diâmetro superior do que nas meninas.

As causas da plagiocefalia :

As causas das malformações do crânio do recém-nascido estão relacionadas com varias circunstancias que estão ligadas entre elas, e que podem surgir antes, durante ou apos o nascimento.  

  • A posição do corpo da criança e posição da sua cabeça dentro do útero nas ultimas semanas da gravidez, originando uma deformação do volume global do crânio ou um aplainamento.
  • As tensões no crânio durante a passagem na bacia da mãe no momento do parto ou a utilização de instrumentos (fórceps ou ventosas), causa de assimetrias cranianas.
  • Um torcicolo congénito, que limita a rotação e que vai contribuir à deformar o crânio 
  • Porem, o factor mais relacionado à plagiocefalia ou mais agravante, é a posição do bebé ao dormir. (Sergueef e Al – 2008)

Apesar da posição na qual o bebé dorme agravar a situação de plagiocefalia, não explica o seu aparecimento. A maioria das pesquisas clínicas durante os últimos 10 anos estabelecem umalink entre o aumento dos casos de plagiocefalia e a campanha da Sociedade Americana de Pediatria intitulada “” dormir de costas” (tradução aproximativa). Campanha que, desde 1992, recomenda aos pais de deitar o bebé de costas para reduzir os riscos de óbitos causados pela “morte súbita do recém-nascido” (Taechgraeber, 2002). Dados clínicos científicos avaliam entre 12 à 40% o numero de recém-nascidos de menos de um ano diagnosticados de plagiocefalia, seja ligeira, moderada ou severa.

Tratamento da plagiocefalia : 

A natureza dos tratamentos de correcção de malformações do crânio do bebe evoluíram no ultimo decénio. Da ausência de tratamento ou intervenção, desenvolveu-se para abordagens como a cirurgia maxilo-facial, fisioterapia, porte de orteses (capacete correctivo), aconselhamento ergonómicos e a osteopatia.

Dentro da comunidade pediátrica e de pesquisa clínica, o tratamento precoce é unânime. Porem, se conseguimos estabelecer a importância de iniciar o tratamento o mais rapidamente possível, observa-se que os pais e os médicos (sem julgamento da nossa parte) atrasam as intervenções na esperança que as assimetrias se corrijam elas próprias. A remodelação progressiva ou espontânea, em vários casos, não se produz e limita o potencial de tratamento das malformações e prevenção na sua severidade.


Osteopatia e plagiocefalia :

O tratamento em osteopatia ofereça uma visão que contribui à correcção das malformações do crânio do bebé, conjuntamente com conselhos de posicionamento, orteses conforme o grau de plagiocefalia e comunicação com o pediatria; pois sim trata-se de um estreito trabalho com o pediatra.

O foco de atenção situa-se na identificação das tensões em relação com as malformações do crânio, seja nas estruturas ósseas, membranosas, musculares e ligamentares do crânio e do corpo em global. Sem utilização de força ou tensão, com manipulações manuais iremos restabelecer a forma e mobilidade de estas estruturas. Hoje em dia, já se reconhece que as suturas do crânio continuam abertas e não completamente solidificadas como se afirmava outrora, e é nesse sentido que a osteopatia se aplica precisamente à devolver o crânio mais maleável ou móvel ao nível das suturas e articulações para permitir uma correcção “em volume” da cabeça do bebé.


Para aumentar o potencial da consulta e diminuir as visitas, forte do conhecimento preciso desta patologia tão frequente no consultório, desenvolvi um conjunto de medidas que envolvem os pais e cuja implicação me parece primordial. 

  • Recordo sempre aos pais que cada dia e cada gesto contam no nosso combate contra a ossificação do crânio e das suturas 
  • Utilizo um ensino do posicionamento do bebé com indicações precisas e simples no quotidiano
  • Ensino um conjunto de técnicas de “modelagem” do crânio do bebé, massagens suaves e simples na cabeça do bebé, que de forma quotidiano, contribuíram durante o tratamento à melhorar as assimetrias no aspecto global do crânio.

Não hesite à pedir conselhos ao seu pediatra sobre a utilização da osteopatia nos casos de plagiocefalia. De qualquer forma estaremos presentes também para explicar, caso necessário, o protocolo de tratamento e o método não invasivo da osteopatia para a plagiocefalia. 

Nota : A Osteopatia não se substitui à consulta do seu médico e ao uso de medicamentos

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