A doença de Osgood-Schlatter é uma epifisite de crescimento da tuberosidade anterior do joelho, devida à tracções musculo tendinosas repetitivas.
Ou seja, a epifisite é a inflamação da extremidade de um osso longo que pode produzir um atraso de desenvolvimento e deformação do osso afectado.
Neste preciso caso, trata-se de uma dor localizado abaixo do tendão rotuliano, onde se pode visualizar um excrescência ou bolsa.
Esta patologia é verdadeiramente um tema de angustia para os pais, apesar de se referir à uma doença benigna que cura à 99% com o tempo. O descanso desportivo é frequentemente suficiente para romper com esta síndrome que desaparece naturalmente durante o período de crescimento.
Crescimento é uma palavra recorrente no Osgood-Schlatter que surge essencialmente em rapazes praticando desporto entre os 11 à 16 anos em sequencia de um excesso de trabalho do aparelho extensor : esta é a patologia típica do jovem futebolista.
Esta patologia de crescimento, desculpem as redundâncias, atinge em realidade a cartilagem de crescimento que é submetida à micro traumatismos repetitivos, cujas causas são sempre as mesmas. Crescimento rápido, pratica desportiva intensa, hiper solicitação do aparelho extensor, défice do gesto técnico, rigidez segmentaria e articular representam as etiologias constantes nesta síndrome.
O diagnostico baseia-se principalmente no exame radiológico bilateral que permite comparar a imagem de Osgood.
Abordagem terapêutica
O descanso e paragem desportiva é imprescindível durante a fase dolorosa. O tempo de paragem determina-se pela importância dos sintomas, dos exames radiológicos e pela presença ou não de um descolamento ósseo, sendo tipicamente entre 1 à 6 meses.
Analgésicos e anti-inflamatórios não esteróides podem ser benéficos, ainda que a cessação do desporto seja o mais eficiente na maioria dos casos.
No entanto, em margem do descanso é necessário :
– estabelecer um diagnostico desportivo qualitativo e quantitativo
– estatuir um check-up nutricional
– monitorizar uma carência em vitamina D
– conceber uma abordagem complementar com estiramentos, tempos de descanso, pratica desportiva variada
– organizar o sistema músculo-esquelético prevalecendo o equilíbrio articular e muscular pela osteopatia.
A retoma desportiva poderá ocorrer assim que a dor desaparecer e apôs balanço radiológico complementar. Todavia, o porte de uma joelheira favorecera a recuperação, mantendo psicologicamente o atleta em alerta.
A osteopatia na síndrome de Osgood-Schlatter intervém nos mecanismos à distancia. Sendo o descanso para esta patologia a melhor arma, é importante limitar as compensações no membro inferior e na coluna vertebral.
Nota : A Osteopatia não se substitui à consulta do seu médico e ao uso de medicamentos
Partilhe o nosso artigo e deixe o seu like !